15 de junho de 2014

A minha gravidez!

“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar, porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”
Cora Coralina

A minha vida deu uma reviravolta há dois meses, quando descobri que o António é um menino especial! 
Todos os exames que realizei durante a gravidez concluíram que estava tudo bem como o bebé. Por um lado tranquilizaram-me e as semanas foram passando, fui gozando a gravidez com o meu marido e com o meu filho Manuel, que estava eufórico com o maninho e adorava abraçar, beijar e falar com a minha barriga. 
A minha gravidez foi bastante tranquila, vivida de uma forma muito agradável. Fui seguida por um obstetra numa clinica particular, realizei todos os exames previstos e até os não previstos. Às 12 semanas de gestação fiz o rastreio bioquímico e passadas algumas semanas veio o resultado. Risco reduzido dizia! Por voltas das 16 semanas foi altura de dar a notícia ao Manuel, disse que ia ter um maninho e ele ficou radiante embora tenha, posteriormente, demonstrado alguns sentimentos de ciúmes e inveja, nada que não estivesse à espera.
A gravidez foi decorrendo normalmente, tudo corria como tinha desejado e planeado. Não sendo exemplo para nenhuma mulher, ganhei vinte quilos com a gravidez, tinha muitos desejos e uma sensação constante de fome.
Contudo, no meu íntimo morava um sentimento de medo, um medo para o qual não havia explicação. Como sou Enfermeira na área de saúde infantil e lido diariamente com famílias e crianças com necessidades especiais, de variadíssimas doenças crónicas, o meu pensamento levava-me constantemente a cogitar “e se fosse comigo?”, “será que seria capaz?”… Nunca fui de pensar que a mim não me iria acontecer. Contudo, o meu maior medo era de acontecer ao meu filho, pois era ele que queria proteger mais do que tudo! Não dá para explicar o porquê deste pensamento, nunca o partilhei com ninguém, a não ser agora.


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